Vitamina A

A vitamina A, cuja deficiência é extremamente prejudicial, foi um dos primeiros fatores nutricionais identificados. O corpo humano não é capaz de produzi-la e, por isso, sua ingestão é vital. É estável ao calor, extremamente sensível ao oxigênio e á luz

O nome vitamina A é dado para os seguintes compostos: retinol, retinal, ácido, retinoico e éster de retinol, presentes em alguns alimentos e nos tecidos de reserva. As diferentes formas de vitamina A são intercambiáveis, ou seja, podem mudar a forma no organismo, necessitando, para isso, da ação de algumas enzimas

Por definição, a vitamina A existe apenas em alimentos de origem animal , como vísceras e gema do ovo. Entretanto, os alimentos de origem vegetal possuem carotenoides,que podem ser convertidos em vitamina A pelo organismo.Carotenoides é uma categoria de pigmentos naturais composta cerca de 300 substância diferentes, das quais 60 apresentam atividade de vitamina A. Deve-se esclarecer que nem todos os carotenoides dão a origem á vitamina A, mas possuem outras funções no organismo – como o licopeno, presente no tomate, que auxilia na prevenção do câncer de próstata.

Os carotenoides dão cor desde a pétalas de flores, frutas e folhas, até a penas de pássaros, variando entre amarelo, laranja, vermelho, e até a algumas tonalidades de verde. Praticamente todo tipo de fruta e de hortaliça tem algum carotenoide, não dando origem, necessariamente, á vitamina A.

Os carotenoide que fornecem a maior quantidade de vitamina A são A-, B-, Y- caroteno e cripto xantina. Outros, como luteína, licopeno e canta xantina não produzem vitamina A, mas atuam como poderosos antioxidantes no organismo. Possuem ainda capacidade antimutagênica e imunomoduladora.

Quanto a vitamina A, 90 % das reservas do corpo se encontram no fígado, sendo liberadas de acordo com as necessidades do organismo, de forma a manter a concentração adequadas, mesmo durante um pequeno período de privação.

A vitamina A participa nos processos de manutenção da pele e das mucosas, diferenciação e proliferação celular, crescimento, reprodução, expressão gênica, regulação de enzimas, autoxidação, imunologia e visão (recepção da luz para ser convertida em impulso nervoso).

A deficiência de vitamina A leva a um quadro conhecido como xeroftalmia, que afeta os olhos e geralmente apresente a seguinte progressão: cegueira noturna (dificuldade de adaptação da visão quando se muda de um ambiente claro para um escuro), xerose conjuntival (secura da conjuntiva dos olhos), manchas de Bitot, xerose corneal (secura na córnea), ulceração cornal (feridas na córnea) e cicatriz corneal. Quando se dá o processo de cicatrização das úlceras corneais, leva o individuo á cegueira irreversível.